Associação Café com Arte lança projeto ''Uma Porta Aberta para a Inclusão Social'' em Petrolândia


Por G1

Na sexta-feira passada (06/06) à Associação Café com Arte fez lançamento do projeto 'Uma Porta Aberta para a Inclusão Social'. O evento aconteceu em sua sede, na Rua São Francisco em Petrolândia, no Sertão de Pernambuco.

Estiveram presentes no lançamento, entre outros, o prefeito Lourival Simões, vereadora Maria do Socorro (Dona Santa), Anna Tereza de Carvalho Leal Simões titular da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, Cidadania e Juventude, Dona Socorro Simões mãe do prefeito Lourival Simões, Joane Barbosa Enfermeira, artesãs da Associação Café com Arte, Hislaine Menezes, Diretora de Turismo de Petrolândia, e Nancy Cordeiro, artesã homenageada durante o evento.

A Associação de Artesanato Café com Arte, sediada em Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, mantém a tradição de tapetes artesanais no município. Por falta de recursos na instituição, a produção quase foi extinta após décadas de tradição, porém, o trabalho foi contemplado com o apoio do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura).

A produção atualmente é acelerada. A máquina para tecer os fios do tapete é manuseada por mais de dez pessoas que trabalham todos os dias. Mas, segundo a artesã Fátima Belém, quem vê isto não percebe que um dia a tradição esteve ameaçada. “O sofrimento era muito grande para pagar aluguel, água e energia. Tudo pesava para a associação, que era simplesmente ajudada pelo associados”, conta. Ela explica como funciona aquele apoio. “Conseguimos um projeto e entramos no edital. Fomos contemplados com uma valor que garante a sustentabilidade da associação durante um ano”.

A missão da instituição pôde ser continuada. Uma prova deste ciclo é artesã Fernanda Silva, que está aprendendo no local. “A minha mãe sempre trabalhou com artesanato e isso aconteceu naturalmente comigo. De repente, me vi aqui pintando”, afirma. O trabalho da associação, assim, permitiu a perpetuação da tecelagem nas famílias.

A aprendiz de tecelagem Rosimere Barros, o artesanato também representa uma chance de desenvolvimento. “Eu tenho muita curiosidade de aprender. A tecelagem é uma coisa a mais no currículo. Com isso, a gente pretende crescer mais e se tornar um técnico futuramente”, explica. O tecelão Fábio Júnior Pereira afirma que ensinar artesanato é uma forma de manter a tecelagem e não perder a tradição de artesão.

E a participação nos trabalhos serve até para melhorar a saúde. “Eu tinha um grande problema de nervo e tive que ocupar minha mente. Quando eu comecei a pintar e interagir com outras pessoas, minha vida mudou. Foi aqui que recebi muita ajuda e de onde tiro meu sustento”, conta a artesã Gilmara Dias.

Os tapetes fabricados no local são apresentados em feiras e vendidos em vários estados do país. Para a artesã Fátima Belém, um motivo de orgulho. “Me sinto muito feliz e muito satisfeita em ver este grupo 
se desenvolvendo com sabedoria”.

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